Historia da Bateria

 

O conceito da percursão é bastante antigo, a classificação oficial para este instrumento encaixa na categoria dos MEMBRAFONES, ou um instrumento que cria som através de uma pancada deferida por um objecto normalmente de ponta redonda sobre uma membrana esticada no corpo da mesma.
Usar aqui o termo bateria não é o ideal visto que na antiguidade a mesma não existia com o formato que hoje tem.
Um bombo, timbalão ou tarola consiste num corpo, normalmente de madeira, uma membrana esticada sobre os dois lados do corpo, umas chaves que consoante o aperto soltam ou apertam a membrana contra o corpo e dai provocar diferentes tonalidades. Os primeiros registos que existem de algo parecido com esta descrição remontam a 6000 A.C. Umas escavações feitas na Antiga Mesopotâmia trouxeram à luz do dia pequenos tambores cilíndricos datados de 3000 A.C. Muitas pinturas rupestres encontradas em grutas no Peru mostram bombos e tambores usados nas mais variadas actividades sociais da época. Este instrumento nem sempre foi usado exclusivamente para fazer música mas também como forma de comunicação.

 

 

A Origem da bateria como é vista nos dias de hoje:


 


No final do século XVIII os bombos eram usados em New Orleans nas “marching bands”, eram de diferentes tamanhos e afinados em diferentes tonalidades. Chegou-se à brilhante conclusão que um homem poderia tocar mais do que um instrumento e então adicionaram-se os timbalões e os pratos, que foram inventados na China.
Em 1919 o baterista William F. Ludwig construiu o primeiro pedal de bombo, essa foi a primeira grande invenção neste instrumento.
Por volta dos anos 30 o Kit de bateria Standart como o conhecemos hoje começava a tomar forma, consistia num bombo com pedal, tarola, timbalões, prato de choque e uns enormes pratos suspensos, já nessa altura a Zildjian era a primeira marca registada no mundo dos instrumentos musicais. Conta-se também uma versão que diz que apareceu a primeira vez num dia em que faltaram dois músicos (o que tocava caixa/tarola e o que tocava pratos) e que o “bombista” de serviço se ofereceu para tocar tudo ao mesmo tempo… a lenda continua viva.
Seguiu-se a evolução natural, com o aparecimento dos primeiros mestres da bateria como Jo Jones e o grande Gene Kupra, eles foram pedindo mais e melhor, apareceram os timbalões maiores e um de chão, os suportes para os pratos que até então estavam ligados ao bombo e pedais mais rápidos.
Por volta dos anos 40 com o aparecimento do estilo Bebop com nomes como Dizzy Gillespie e Charlie Parker, o estilo em si era mais rápido e exigia um conceito rítmico mais melódico e independente. As baterias começaram a ser mais pequenas mas os pratos eram maiores.
Nos anos cinquenta surgem duas inovações, o baterista Louie Bellson adiciona ao seu kit normal um segundo bumbo, o que permitia novas formas e tocar e acima de tudo um ritmo mais acelerado.
Mas a mais importante foi o que dois amigos, Chick Evans e Remo Belli, descobriram! Juntos desenvolveram um tipo de plástico que substituía as peles naturais que até ai eram usadas, libertando os bateristas de um fardo terrível que eram as mudanças de temperatura que provocavam desafinações quase constantes.
Por esta altura começaram a ganhar bastante reconhecimento como músicos e também surgiu uma moda que durou anos que eram as Drum Battles!

 

Nos anos oitenta passou-se por uma fase de exagero e as baterias eram hiper grandes, usava-se todas as medidas de timbalões e pratos.

Desde então tem havido algumas modificações nos kit’s de bateria mas a essência nunca mais foi alterada.